A VIÚVA POBRE
32o Domingo do Tempo
Comum
Ano B – Marcos 10,
38-44
de Emílio Carlos
NARRADOR – Oi.
Tudo bem com vocês? Quem quer ouvir uma história levante a mão!
Levante a mão bem alto! Muito
bem!
Então hoje eu vou contar pra vocês uma história que aconteceu
lá na
floresta. Todo mundo
prestando bem atenção porque a história já vai começar. Vamos
lá.
Naquele dia o leão
mandou chamar todos os bichos do seu reino. Ele queria fazer uma
proclamação – ou seja: falar
sobre um assunto muito importante.
(entra o leão e
fica no centro. Entram o macaco, a raposa, a tartaruga e uma coelha
viúva bem pobre).
NARRADOR – Então
o leão disse assim:
LEÃO – Meus
amigos: o reino do meu primo Leonino está passando por grandes
dificuldades. Muitos animais estão
passando fome lá.
NARRADOR – O reino
do Leonino fica lá atrás, bem longe daqui. Coitados dos animais que
estão passando fome, não
é mesmo?
LEÃO – Por isso
eu resolvi arrecadar alimentos para ajudar o reino do meu primo. E
peço a ajuda de todos.
NARRADOR – O leão
vai juntar os alimentos para levar aos bichos que estão passando
fome.
Então todos os
animais voltaram para suas casas para buscar suas doações.
(os bichos saem de
cena, menos o leão).
NARRADOR – O leão
estava muito preocupado com os animais passando fome. Tanto que
mandou chamar a leoa e
disse assim:
(a leoa entra)
LEÃO – Pegue
metade do nosso tesouro, ponha no meu baú e traga aqui. Quero ser o
primeiro a ajudar os animais
que estão passando fome.
LEOA – Sim, leão!
NARRADOR – A leoa
fez exatamente o que o leão mandou. E voltou com metade do tesouro
do leão para doar aos
pobres.
LEÃO – Deixe aqui
mesmo. Vamos juntar comida e dinheiro para ajudar os animais que
estão passando fome.
NARRADOR – Nisso
volta o macaco, que era muito, mas muito rico mesmo. Sabem o que o macaco fez? Escolheu
a menor moeda que tinha e trouxe para o leão.
MACACO – Tome,
leão. É tudo que eu posso dar. (joga a moeda em cima do baú).
LEÃO – (coça o
queixo avaliando a oferta) Hum…
NARRADOR – Isso é
mentira, viu gente? O macaco pode dar muito mais. Olhem: lá vem a
raposa.
RAPOSA – (entra
com um pouquinho de feijão num saco) Tome, leão. Eu gostaria de
ajudar mais, mas ainda não fiz
compra, né? (ri sem jeito)
LEÃO – (olha
desconfiado) Hum…
NARRADOR – A
raposa também podia dar mais. Mas seu coração é do tamanho de um
grão de feijão. Por isso
ela não quer repartir o que tem com quem precisa.
TARTARUGA – (entra
com uma bonita cesta de alimentos) Eu trouxe para ajudar, leão. E na
minha horta tem muito
mais. Vou voltar lá e pegar.
LEÃO – Obrigado,
tartaruga!
NARRADOR – Nisso
volta a coelha que era pobre. Ela era viúva – isso quer dizer que
o seu marido morreu e ela cuidava
sozinha de seus 3 filhos. A viúva tinha muito pouco. Mesmo assim ela
pegou uma sacola de
alimentos e trouxe para o leão.
COELHA – Eu trouxe
isso para ajudar.
NARRADOR – Aquela
sacola de alimentos era tudo que a coelha tinha. O leão disse:
LEÃO – Obrigado,
coelha! Mas vai lhe fazer falta.
COELHA – Pode
pegar, leão. Tem gente precisando mais que eu.
NARRADOR – Nessa
hora o leão disse:
LEÃO – Está
vendo, macaco? Está vendo, raposa? Essa coelha não tinha quase nada
e deu tudo que tinha. Vocês tem
muito e não deram quase nada.
NARRADOR – O leão
estava certo! O macaco e a raposa não sabiam onde por a cara de
vergonha.
Eles podiam ter
repartido com quem precisa – mas não repartiram.
LEÃO – Obrigado
amiga tartaruga! Você nos ajudou bastante. E quanto a você, coelha:
seu coração é grande. Venha:
você será recompensada por sua generosidade.
COELHA – Não é
preciso, leão. Eu só fiz isso para ajudar.
LEÃO – Pois agora
eu é que vou ajudá-la: de hoje em diante você e seus filhos nunca
mais passarão fome.
NARRADOR – É
fácil dar o que está sobrando. É fácil dar o que não vai fazer
falta, como fizeram o macaco e a raposa.
Difícil é repartirmos o que temos com os outros, como a tartaruga e
a coelha fizeram.
E no
entanto é isso que Deus quer de nós: Deus quer ver um irmão
ajudando o outro irmão.
Vamos repartir o que
temos com aqueles que precisam. Vamos repartir alimentos, roupas, brinquedos, e até
carinho e atenção. Porque essa é a vontade de Deus.
(música)
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