O
FILHO PRÓDIGO
4o
Domingo da Quaresma
Lucas
15, 1-3. 11-32
de
Emílio Carlos
NARRADOR
– Era uma vez um homem que tinha dois filhos. Um dia o filho mais
moço
disse ao seu pai:
(Entram
o pai e o filho mais moço)
FILHO
– Pai: me dê minha parte da herança, pois quero partir!
PAI
– Mas partir para onde, meu filho? Para onde você vai?
FILHO
– Vou viajar, pai. Vou fazer novos amigos e aproveitar a vida.
NARRADOR
– O pai ficou muito triste. Mas mesmo assim fez a vontade do filho
e
deu sua parte da herança.
(O
pai lhe dá um saquinho cheio de moedas).
PAI
– Aí está tua parte, meu filho! Saiba que fico triste com sua
partida. Metade
do
meu coração vai contigo.
FILHO
– Falou, pai! Valeu!
NARRADOR
– O filho mais novo virou as costas e foi-se embora.
(O
filho mais novo sai de cena).
NARRADOR
– O pai se sentia triste com a partida de seu filho mais novo. E
ficou
olhando
a estrada até que o filho sumiu no horizonte. Foi então que seu
outro
filho
– o mais velho – o chamou, de dentro da casa:
FILHO
MAIS VELHO – (em off) Pai: precisamos do senhor!
PAI
– Já vou! (sai de cena)
NARRADOR
– Sabem o que o filho mais novo fez com o dinheiro? Gastou tudo
com
bebida. E com aqueles que diziam que eram “amigos” dele.
(O
filho mais novo entra com 3 “amigos”, todos com garrafas nas
mãos).
FILHO
– Aí amigos: vamos beber e comer à vontade! Hoje quem paga a
conta
sou
eu.
AMIGO
1 – Todo dia é você que paga!
AMIGO
2 – É mesmo!
AMIGO
3 – Você é um grande amigo!
NARRADOR
– É: enquanto o filho mais novo tinha dinheiro ele tinha amigos.
Mas
um dia o dinheiro acabou.
AMIGO
1 – Ei: minha bebida acabou!
AMIGO
2 – A minha também!
AMIGO
3 – E a minha!
FILHO
– Calma, meus amigos. Eu pago mais. Deixe eu pegar mais dinheiro
aqui.
(meche no saco de moedas, remexe e não encontra nada. Fica
preocupado)
AMIGO
1 – O que aconteceu?
FILHO
– É que... meu dinheiro acabou.
AMIGO
2 – Como assim “acabou”?
AMIGO
3 – Você não era rico?
FILHO
– Eu era. Mas nós gastamos tudo.
AMIGO
1 – Peraí: eu não! Você gastou seu dinheiro!
FILHO
– Amigos: meu dinheiro acabou e eu estou com fome. Mas tenho
certeza
que
vocês vão pagar um prato de comida para mim, não é?
AMIGO
1 – Eu? Nem pensar.
AMIGO
2 – Pensa que eu tenho dinheiro pra dar para pobres como você?
AMIGO
3 – Ai, que chato: ele ficou pobre!
(Os
3 “amigos” vão saindo de cena sem olhar para trás).
FILHO
– Amigos! Amigos! Não me deixem!
NARRADOR
– Pois é! Enquanto o filho tinha dinheiro ele tinha amigos. Mas
não
amigos
de verdade. Amigos por interesse, que só querem se aproveitar do
dinheiro
dele.
FILHO
– Amigos! (sai atrás dos amigos, que já saíram)
NARRADOR
– Agora o filho tinha desperdiçado todo o dinheiro que o pai lhe
deu.
Estava sozinho, sem dinheiro, com fome e com sede. Então foi pedir
emprego
a um homem.
(Entra
o Homem e o Filho atrás, com as roupas já gastas).
FILHO
– Por favor, senhor! Eu preciso de um emprego. Eu faço qualquer
coisa.
NARRADOR
– O homem pensou, pensou e decidiu:
HOMEM
– Está bem! Você pode cuidar dos meus porcos.
FILHO
– Obrigado, senhor! Muito obrigado!
HOMEM
– Vá trabalhar!
FILHO
– E... quando vou comer?
HOMEM
– Só à noite. Agora vá cuidar dos porcos. (sai)
NARRADOR
– O filho estava morrendo de fome. Na casa de seu pai ele tinha
tudo
– e agora não tinha nada.
(O
Filho pega um balde com a lavagem dos porcos).
NARRADOR
– Logo ele, que teve tanto, agora não tinha nada. A fome era tanta
que
o Filho olhou para a lavagem dos porcos e pensou em comê-la.
(O
Filho aproxima o balde da boca).
NARRADOR
– Mas nessa hora o patrão apareceu.
HOMEM
– O quê? Nada disso! Essa lavagem é para os meus porcos!
FILHO
– Mas senhor... eu tenho fome…
HOMEM
– Problema seu! Vai ter que esperar a noite para comer. E se mexer
na
lavagem
dos porcos será mandado embora!! (sai)
NARRADOR
– Foi aí que o filho caiu em si.
FILHO
– Na casa do meu pai até os empregados comem bem. E eu estou aqui,
morrendo
de fome... Vou voltar para a casa do meu pai. Vou pedir-lhe perdão
pelo
que fiz. E pedirei para ser um de seus empregados. (sai)
NARRADOR
– Foi o que o filho fez. Tomou o caminho de volta para a casa do
pai.
Em casa o pai ficava todos os dias olhando a estrada.
(Entra
o pai com um de seus servos).
NARRADOR
– Quem sabe se um dia o filho voltaria. De repente ele viu um vulto
ao
longe, que foi se aproximando e se aproximando. E o pai viu: seu
filho
estava
voltando. O pai teve compaixão dele e foi ao seu encontro.
(Entra
o filho com as roupas esfarrapadas. O pai vai encontrá-lo e o
abraça. O
servo
vai logo atrás dele).
NARRADOR
– O pai abraçou seu filho com todo amor que seu coração de pai
tinha.
O filho se ajoelhou diante do pai e disse:
FILHO
– Meu pai: eu pequei contra o céu e contra ti. Já não mereço
ser
chamado
seu filho.
NARRADOR
– O pai então disse ao servo:
PAI
– Traga depressa a melhor roupa para vestir meu filho. Prepare
também
uma
festa. Porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e
foi
achado.
NARRADOR
– O servo então saiu para preparar a festa. O pai abraçou o filho
mais
novo e lhe disse:
PAI
– Venha meu filho. Bem-vindo de volta à casa!
(Música
– os dois saem de cena).
NARRADOR
– Deus está pronto a perdoar, a acolher o filho que se arrepende.
Somos
todos filhos de Deus – e ele, como nosso Pai, está sempre do nosso
lado.
Então se você se desviou do caminho de Deus, volte! Deus lhe espera
e
lhe
receberá de braços abertos!
FIM
Comentários
Postar um comentário
As mensagens passam pelo Moderador do blog antes de serem publicadas.